Cinema na laje é um espaço criado pela COOPERIFA e que acontece quinzenalmente às segundas-feiras para exibições de documentários e filmes alternativos de todas as partes do Brasil e do mundo, exibidos gratuitamente para a comunidade. Também criado principalmente para dar luz ao cinema produzido pelos jovensda região, e levar cidadania através da sétima arte.O cinema Paradiso da periferia também conta com um lanterninha vestido a caráter para dar um charme especial no projeto.
A Entrada é franca. A Pipoca é grátis. E a lua sincera.
CINEMA NA LAJE
SIMONAL - Ninguém sabe o duro que deiDe Claudio Manoel, Micael langer e Calvito leal
Após a exibição filme haverá um debate com Simoninha, Armando Antenor, Claudia Costa e Roseli Loturco.
Dia 24 de agosto 20hs
Laje do Zé Batidão
Rua Bartolomeu dos Santos, 797 Chácara Santana
Zona Sul-SP
Inf. 5891.7403
Simonal – Ninguém Sabe o Duro que Dei é um documentário que não anistia um dos maiores artistas pop da história da música brasileira, mas emociona. Mostra a história de um negro, pobre, carioca da favela, que passou fome na rua e que, como ele mesmo gostava de comentar sarcasticamente, virou celebridade com medo de morrer crioulo: “meu anjo da guarda certa vez me disse, ou você vai ser alguém na vida ou vai morrer crioulo mesmo”. Ele, Simonal, decidiu conduzir as massas por meio de sua música simples e genial.
Como ninguém, Simonal seduzia e mobilizava a platéia. Numa época em que não se produziam grandes shows no Brasil, o artista conduziu e regeu por mais de meia hora o Maracanãzinho lotado com ‘Meu Limão, Meu Limoeiro’. Chegou a fazer cerca de 330 shows por ano no final da década de 60. Simonal brilhou e inovou como poucos. Juntando qualidade, carisma, simpatia, suingue, charme e muito talento, ele se tornou à sensação do Brasil e conquistou o público internacional - chegou a dividir o palco com a diva do jazz norte-americana Sarah Vaughan.
Dirigido por Claudio Manoel, o Seu Creysson do humorístico global Casseta & Planeta, em parceria com os jovens Micael Langer e Calvito leal, ex-funcionários da Conspiração Filmes, esse documentário excepcional, de 80 minutos de duração, não fornece apenas dados novos sobre a trajetória de erros (ou não?) e a sucessão de abusos (ou não?) que levaram a carreira do grande cantor pop à ruína e ao desespero. Após ser acusado como informante do DOPS, Simonal foi execrado pela opinião pública, por artistas e por intelectuais. De 74 a 95 simplesmente não existia mais Wilson Simonal. O que o jogou à depressão, ao alcoolismo e ostracismo.
O filme, ao contrário do que parece, é leve, intenso, musical, colorido, cheio de vida e movimento. Dá a chance de conhecer do início ao fim a carreira deste que é, ao lado de Roberto Carlos, um dos maiores nomes da canção popular brasileira.
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Mesa de debatedores:
Simoninha: músico e filho de Wilson Simonal.
Armando Antenore: Jornalista, editor da revista Bravo da Editora Abril
Claudia Costa: Professora de jornalismo da Faculdade Unisantana
Roseli Loturco: Jornalista e professora na oficina de jornalismo da ONG Papel Jornal.
www.colecionadordepedras.blogspot.com