segunda-feira, 29 de março de 2010

Copa da Paz 2010: abertura dia 10.04_campeonato de várzea promove a paz e o esporte no Paraisópolis

A favela do Paraisópolis localizada no bairro do Morumbi, em São Paulo, possui cerca de 80 mil habitantes e diversas ações e articulações comunitárias. Uma delas é o campeonato de futebol de várzea chamado Copa da Paz que nasceu com o objetivo de promover a paz no esporte e na região. Organizada pelo time Palmeirinha, fundado em 1973 pelo morador Chiquinho, que também responsável pelo setor de Esportes da Associação de Moradores e pela manutenção do campo de futebol da comunidade, a Copa da Paz completa em 2010 sua 3ª edição.

A competição reúne times de destaque do Paraisópolis – Portuguesa, Vasco, Internacional, o próprio Palmeirinha, entre outros. Além de times dos quatro cantos de São Paulo que já possuem uma trajetória de tradição no cenário varzeano, como o Vila Fundão representando o Capão Redondo, Vida Loka do Jd. São Luiz, Jd. das Palmas, 100 Querer da Vila Madalena e o Panela Problema.

A Copa tem duração de cerca de três meses e conta com o ex-jogador profissional Zé Maria como padrinho do campeonato, ele é o responsável pelo pontapé inicial da partida e também pela entrega dos troféus aos vencedores.

Desde a 2ª edição do campeonato, realizado em 2009, a Copa da Paz conta com o patrocínio do conhaque Dreher, ação que promoveu uma série de melhorias na infra-estrutura do evento e da área do campo – reforma dos bancos de reserva, pintura da Sede do Palmeirinha, etc. -, além das premiações em dinheiro para os times: 1ª colocado R$ 8.000,00 2ª colocado 3.000,00 e 3ª colocado R$1.000,00.

Este ano a Copa da Paz reúne 24 times dos quatro extremos de São Paulo para as rodadas que acontecerão aos sábados, a partir de 13H no campo de futebol da comunidade. A Abertura da Copa da Paz acontece no próximo dia 10 de abril, conta com um churrasco promovido pelo Dreher aos atletas e dirigentes de times, a partir de 13H.


SpeedFreaks, mais uma perda para o rap brasileiro

Um talento, representou bem o RJ nas rimas durante sua vida. Speed rimava em parceria com outro grande talento o MC Black Alien, os dois representavam as quebradas de Niterói.
Final trágico.
Mais uma grande perda para a música brasileira.
O corpo do Speed foi encontrado baleado próximo a favela do Sabão, em Niterói (RJ), ao lado de outro corpo não identificado. Ainda não há suspeitos.
Que Deus o abençoe e fortaleça a família e os amigos que ficam.
O rapper Cláudio Márcio de Souza Santos, também conhecido como Speedfreaks, começou a carreira no final dos anos 80 e já gravou com o músico Marcelo D2. Marcelo D2 afirmou na tarde deste sábado no Twitter que está muito triste e disse que “Speed foi o cara que mais me incentivou a cantar”.

DJ Sany Pitbull na festa Crew no último sábado

Lalai e Pitbull
Pista fervendo
Uma das melhores festas de SP
O maestro
O equipamento. MPC: Batucada digital.


Sany transforma tudo em tamborzão, sua musicalidade é admirável e rompeu barreiras.
O DJ já fez várias turnês internacionais, seu set é um passeio musical por sonoridades e estilos.

Sany veio pra São Paulo pra tocar em duas casas noturnas: o Secreto, em Pinheiros, e no Clube Glória na festa Crew. Sany anunciou que a partir do último sábado será um dos Djs residentes da festa.
Quem quiser maiores infos, segue o link da página da Crew - http://festacrew.com/


Cinema na laje exibe "OS 12 TRABALHOS" de Ricardo Elias

Cinema brasileiro em alta na quebrada

Cinema na laje é um espaço criado pela COOPERIFA e que acontece quinzenalmente às segundas-feiras para exibições de documentários e filmes alternativos de todas as partes do Brasil e do mundo, exibidos gratuitamente para a comunidade. Também criado principalmente para dar luz ao cinema produzido pelos jovensda região, e levar cidadania através da sétima arte.
O cinema Paradiso da periferia também conta com um lanterninha vestido a caráter para dar um charme especial no projeto.
A Entrada é franca. A Pipoca é grátis. E a lua sincera.


CINEMA NA LAJE APRESENTA:

OS 12 TRABALHOS
Um filme de Ricardo Elias

Dia 5 de abril (segunda-feira) 20hs
Laje do Zé Batidão
Rua Bartolomeu dos Santos, 797 Chácara Santana
Periferia-SP
Inf. 83585965

.
*SINOPSE:

Heracles é um jovem negro, que vive na periferia de São Paulo e que gosta de desenhar. Há 2 meses ele deixou a Febem e agora procura uma ocupação. Por indicação de seu primo Jonas, Heracles passa a trabalhar como motoboy. Em seu período de experiência ele precisa realizar 12 tarefas pela cidade de São Paulo. Para realizá-las Heracles precisa lidar com o preconceito, a burocracia e sua própria falta de malícia no novo serviço

Conheça um pouco mais sobre o Cinema na laje acessando :www.colecionadordepedras1.blogspot.com

sexta-feira, 26 de março de 2010

Boa Noite São Paulo: novo som do Brown com a Banda Black Rio



produção do Devasto, novo som do Mano Brown em parceria com a banda Black Rio.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Brasil de Fato realiza curso de formação política em Brasília

por Admin última modificação 16/03/2010 12:23

O curso realizado no Distrito Federal, em parceria com a Escola Florestan Fernandes e Assembleia Popular, terá início em maio



16/03/2010




O Jornal Brasil de Fato e a Escola Nacional Florestan Fernandes, dando continuidade ao esforço de debater os temas relevantes para a transformação da realidade da sociedade brasileira, realizarão em Brasília, no Distrito Federal, o I Curso sobre Conjuntura, intitulado "A conjuntura política em 2010: burguesia, capital e embate eleitoral no Brasil".

O curso está organizado em quatro módulos semanais durante o mês de maio de 2010, contando sempre com palestrantes de reconhecida produção teórica nos temas ou de atuação junto a organizações políticas. As datas, temas e palestrantes para o curso são as seguintes:


Dia 06/05 (Quinta-feira)

A burguesia brasileira no governo Lula

Prof. Armando Boito Jr. - http://lattes.cnpq.br/9321207467844601

Centro de Estudos Marxista - CEMARX

Ciência Política - IFCH/Unicamp


Dia 12/05 (Quarta-Feira)

O Imperialismo brasileiro

Profª Virginia Fontes - http://lattes.cnpq.br/6459112125274953

Departamento de História - Universidade Federal Fluminense

Escola Nacional Florestan Fernandes


Dia 20/05 (Quinta-feira)

Capital fictício, crises no capitalismo contemporâneo e a economia
brasileira

Prof. Reinaldo Carcanholo - http://lattes.cnpq.br/3851585544297613

Departamento de Economia - Universidade Federal do Espírito Santo

Sociedad Latinoamericana de Economi a Politica y Pensamiento Crí tico -
SEPLA


Dia 26/05 (Quarta-feira)

O papel das eleições presidenciais de 2010 na luta de classes brasileira


Ricardo Gebrim - Consulta Popular

Representante de partido político (a definir)



Local: Anfiteatro 9 - ICC Ala Norte - Universidade de Brasília

Horário: das 19h às 22h

Número de vagas: 80 vagas, abertas a todos os interessados

Taxa de inscrição: R$ 180,00 (cento e oitenta reais), com direito a assinatura (para não assinantes) ou renovação (para assinantes) de um ano do Jornal Brasil de Fato (52 exemplares); material de apoio com textos sobre os temas; certificado de participação emitido pela Escola Nacional Florestan Fernandes - ENFF


Inscrições

Solicitar ficha de inscrição pelo correio eletrônico ccpbdf@gmail.com

Data limite para pagamento da taxa de inscrição: dia 02/05

Formas de pagamento: depósito bancário ou cartão de crédito Visa ou
Mastercard, em até quatro vezes sem juros

Informações com Marcinha (61 8512-1150), Marcius (61 8176-7169), Fábio
(61 8451-2805) ou pelo correio eletrônico ccpbdf@gmail.com

Realização

Jornal Brasil de Fato


Escola Nacional Florestan Fernandes

Assembleia Popular - Distrito Federal

Apoio: DCE - Unb


Divulgado no Brasil de Fato, mais um exemplo de um brasileiro "ilhado" em seu próprio país

Uma história (real) de pescador

por Admin última modificação 17/03/2010 14:26

Principal líder de resistência à instalação da empresa TKCSA na baía de Sepetiba, no Rio, o cadeirante Luís Carlos vive há um ano escondido, sob ameaça de morte

17/03/2010


Gilka Resende

do Rio de Janeiro (RJ)


tkcsa_pescadorRefugiado em seu próprio país. Assim se sente Luís Carlos de Oliveira, de 59 anos. Este pescador não vê a mãe, o pai, irmãos e filhos há exatamente um ano. Longe do local onde nasceu, cresceu e começou a exercer sua profissão, ainda aos nove anos, ele tenta se fortalecer e fugir da solidão tomando nota de pensamentos em um caderninho.


“A vida parece uma pista de corrida cheia de desejos e obstáculos. Basta ultrapassá-los. Nunca fui muito de escrever, mas agora tenho sentido vontade. É importante registrar a luta contra os desmandos dessa empresa”, conta, referindo-se à ThyssenKrupp Companhia Siderúrgica do Atlântico (TKCSA), cuja construção na baía de Sepetiba, no Rio de Janeiro, vem afetando seriamente o meio ambiente e a comunidade local, segundo movimentos sociais da região.


Sair de Jesuítas, no bairro Santa Cruz, zona oeste da cidade do Rio de Janeiro, não foi uma escolha, mas sim uma imposição do atual modelo de desenvolvimento implantado no país. Desde o início das obras da TKSCA, ele e outros pescadores foram responsáveis por motivar a população local a reivindicar seus direitos.


Ameaça de morte

À frente da Associação dos Pescadores dos Cantos dos Rios (Apescari), Luís Carlos organizou manifestações no mar e na porta da transnacional. Com as denúncias sobre o envolvimento de milicianos na segurança da empresa, a devastação ambiental e o uso privado de locais que eram excelentes viveiros de pesca, o pescador passou a ser ameaçado de morte.


A coerção, que primeiro era feita cotidianamente por telefone, passou a ser presencial. Certa vez, ao sair de casa, um carro encostou-se no dele, o vidro baixou e lhe mostraram uma arma. “Senti como um aviso de morte e tive que sair de casa de vez. Depois que fui embora, eles foram até a minha casa três vezes, perguntaram por mim no entorno. Chegaram a entrar e queimar roupas no quintal. O preço de enfrentar a destruição que essa empresa trouxe tem sido muito alto. Com certeza esse é o maior obstáculo que eu já enfrentei na vida”, admite, com a voz embargada.


Emoção e coragem são características bem perceptíveis neste pescador, que precisa usar cadeira de rodas para se locomover. As pernas secas por uma paralisia infantil, adquirida aos dois anos, nunca o impediram de levar uma vida de conquistas, mesmo com tanto sofrimento. Esteve internado dos sete aos 12 anos e teve que estudar no hospital.


Mas ele não traz à memória apenas lembranças tristes da juventude. Imagens de uma baía de Sepetiba farta e bonita não faltam. “Quando era pequeno, o médico me recomendou passar a lama medicinal do mangue e das praias nas pernas. Ficava de lama até a cintura. Era ótimo, muito bom para circulação. Agora está tudo contaminado de metal pesado, tudo sujo, os peixes estão mais uma vez morrendo”, compara.



Proteção federal

Hoje, Luís Carlos faz parte do Programa Federal de Defensores dos Direitos Humanos, que, além de um local seguro de moradia, disponibilizou um salário mínimo para sua sobrevivência. “Eu mando todo o dinheiro do Programa para a minha família. Por ser cadeirante, também recebo um salário mínimo pela Previdência. É com ele que tenho vivido, já que ainda não consegui reestruturar minha vida”.


Antes de ter sua atividade econômica totalmente inviabilizada com a chegada da empresa, o pescador chegou a obter, apenas com a pesca, renda de cinco salários mínimos. O barco de trabalho, construído por ele mesmo com a ajuda de um companheiro de profissão, hoje está danificado. “Fora da baía meu barco rachou, não serve mais. Gostaria de conseguir um novo, arrumar outro local para poder pescar. Não gostaria de ficar por muito mais tempo nessa situação. Foi com trabalho que consegui tudo na vida”, conta.



Invisível

O desrespeito aos modos de vida dos pescadores dentro de seu próprio país deixa Luís Carlos inconformado. Mesmo tendo participado de audiências públicas no Rio e em Brasília, mandado cartas ao Ministério Público e conversado com jornalistas de grandes meios de comunicação, suas denúncias contra a empresa nunca ganharam a devida visibilidade.


“O que se passa na baía de Sepetiba foi parar nos jornais da Alemanha. Tive mais voz no parlamento alemão do que no brasileiro. Já fui duas vezes a Brasília, tentei falar com o presidente Lula e ele nunca me recebeu. Tentei falar com o ministro da Pesca e mandaram o secretário conversar comigo. Pedi que olhassem para a baía de Sepetiba, para a população que vai ficar doente com tanta poluição. Nada aconteceu”, relata.


Luís Carlos acredita que não mais poderá voltar a viver em Santa Cruz. Longe da baía de Sepetiba, sente saudade de sua rotina: levantar todos os dias às cinco da manhã, sair para pescar e voltar apenas no final da tarde com o barco cheio de tainhas, corvinas, pescadas, guaibiras e piraúnas. A diferença entre esta e as outras histórias de pescador é que ela não é engraçada, não possui floreios ou traços de ficção. Quem dera tivesse.

Djavan, Gal Costa e Chico Buarque....choraaaa


do DVD do Chico, raríssimo.

Novo som do DJ Hum em parceria com o Samprazer e Tio Fresh

Segue o link pra download do novo som do Dj Hum ( um dos pioneiros dos toca-discos no Brasil, figura elementar na música negra), Tio Fresh e o com o grupo de pagode Samprazer feito especialmente pra Copa de 2010. Segundo a definição do próprio produtor DJ HUM: "é uma batucada com vocal Rap, cavaco, surdo, tamborim, cuica, percussao, mais samplers, colagens e scratchs usando o toca discos como instrumento musical...um "Tropical Beat" feito para a Copa de 2010 na Africa do Sul". Divirtam-se!
Abaixo segue o link pra baixar o MP3.
http://www.4shared.com/file/248083663/a4ada6aa/Tio__Fresh_Samprazer_e_Dj_Hum_.html


www.twitter.com/DjHum
www.myspace.com/djhum

domingo, 21 de março de 2010

Homenagem a Dina Di, guerreira do rap

O rap brasileiro perdeu na madrugada do sábado, 20 de março, um de seus maiores talentos. Mulher, guerreira, amiga, sempre lutou por seu espaço com muita dignidade, Dina Di infelizmente faleceu de uma infecção que contraiu durante o nascimento de sua filha. Sua trajetória no rap foi marcada pela sua postura e procedimento, e seu grupo Visão de Rua teve grande destaque na cena na década de 90.
Me lembro dela com uma barriga enorme Hutuúz 2009, Dina Di tava linda. Que Deus abençoe sua família.

sábado, 20 de março de 2010

Baile do DJ Papy_RJ


DJ Papy é um dos mais conhecidos na cena do funk carioca, tá fazendo esta festa que mistura eletrônico, pagode e funk lá no RJ.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Domingo no Dubplate Sarajevo tem Show com: "Mc Sombra" (Ex-SNJ)


Domingo no Dubplate Sarajevo tem Show com: "Mc Sombra" (Ex-SNJ).
Convidados: Dj Ajamu e Dj Akilez.
Rua Augusta, 1397. Metro Consolação.


E.M.I.C.I.D.A.+ CURUMIN & THE AIPINS



Sabado, 20 de março as 23h no Hole Club.
E.M.I.C.I.D.A.+ CURUMIN & THE AIPINS
Djs: Marco, Nyack e Ramiro(musica brasileira, soul, reggae)

Aniversario de 7 anos do baile Sintonia


Quinta, 25 de março as 23h no Dj Club

Pocket Show com E.M.I.C.I.D.A.
Djs: Ajamu, Kl Jay, Marco e Will
Alameda Franca, 241. Metro Trianon Masp.

terça-feira, 16 de março de 2010

CINEMA NA LAJE EXIBE O FILME "O CONTADOR DE HISTÓRIAS" DE LUIZ VILLAÇA


Cinema na laje é um espaço criado pela COOPERIFA e que acontece quinzenalmente às segundas-feiras para exibições de documentários e filmes alternativos de todas as partes do Brasil e do mundo, exibidos gratuitamente para a comunidade. Também criado principalmente para dar luz ao cinema produzido pelos jovensda região, e levar cidadania através da sétima arte.
O cinema Paradiso da periferia também conta com um lanterninha vestido a caráter para dar um charme especial no projeto.

A Entrada é franca. A Pipoca é grátis. E a lua sincera.

CINEMA NA LAJE APRESENTA:
O CONTADOR DE HISTÓRIAS
Um filme de Luiz Villaça
Dia 22 de março (segunda-feira) 20hs

Laje do Zé Batidão
Rua Bartolomeu dos Santos, 797 Chácara Santana
Periferia-SP
Inf. 83585965
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Foto: Marcelo Min
*sinopse:
Nascido nos anos 1970 em Belo Horizonte, Roberto era o caçula de uma família pobre com muitos filhos. Entregue à Febem (Fundação para o Bem-Estar do Menor) pela mãe, que acreditava que ele teria um futuro melhor ali dentro, acabou tornando-se um fugitivo da instituição. Mas que sobreviveu ao abandono e à violência e, por causa da intervenção de uma pedagoga francesa, Marguerite Duvas (vivida pela atriz Maria de Medeiros), conseguiu estudar e tornar-se, anos depois, um famoso contador de histórias, conhecido internacionalmente.
Na coletiva do filme, Villaça contou ter conhecido a história de Roberto Carlos Ramos num livro que ele mesmo escreveu, em 2002. A partir daí, lutou para transformar sua impressionante trajetória no filme, que teve ontem sua primeira sessão pública.
Pontuada de incidentes trágicos e engraçados, a biografia de Ramos sofreu, porém, diversas adaptações.
O roteiro foi escrito por quatro profissionais - além do diretor Villaça, também José Roberto Torero, Maurício Arruda e Mariana Veríssimo - e condensa, por exemplo, num único personagem, a pedagoga Pérola (Malu Galli), a figura de diversas outras educadoras que passaram pela vida do menino, no período em que entrava e saía da Febem. O diretor defende essas recriações: "Não é um documentário.
Fizemos várias entrevistas e algumas pesquisas, mas tudo foi mesmo muito adaptado". Apesar disso, "O Contador de Histórias" incorpora o elemento documental ao inserir a narração em off do próprio protagonista e em sua aparição, na sequência final do filme.

PEIXADA_Casa de Cultura Taiguara



PEIXADA
Sexta, Dia 19 de março – a partir das 22h30
Atrações: Dj Valter Nu + Part. Esp. Du Bronks
Casa Taiguara de Cultura
Rua 13 de Maio, 353 – Bixiga
LISTA: R$ 12,00 – lista@casataiguara.org.br
PORTA: R$ 15,00
Não Aceitamos Cartões
Todo recurso arrecadado será doado às Casas Taiguara

domingo, 14 de março de 2010

Clássico da música negra paulista_Branca di Neve



O compositor e sambista paulistano, frequentemente citado como referência do samba-rock, principalmente pelo sucesso de "Nego Dito" nas pistas, morreu aos 39 anos de derrame cerebral. Seu falecimento precoce aconteceu logo após a gravação de seu segundo álbum solo intitulado "Branca Mete Bronca" Vol. 2, lançado juntamente com o primeiro disco num álbum duplo e póstumo.
Sua obra reflete o cenário dos bailes black da década de 70 e 80 em São Paulo
, influnciado por Jorge Ben, o timbre da sua voz muitas vezes lembra Luiz Melodia, mas a malandragem característica da época retratada em suas letras é sua principal marca. Branca Di Neve passou pelos Originais do Samba, tocou com Luis Wagner guitarreiro celebrado por Jorge Ben Jor, seu ídolo e modelo, além de Nara Leão, Baden Powell e Toquinho.

Morro Doce Hip Hop Show

Clássicos da música brasileira:



Clássico que narra a rotina do trabalhador brasileiro, pra quem não sabe, o rapper Sabotage, talento promissor da rima brasileira que foi cruelmente assassinado, era admirador convicto da obra do Chico Buarque, principalmente este disco chamado "Construção".


Este clássico de João Nogueira é dedicado a todos os talentosos poetas brasileiros, principalmente aqueles que em meio a desordem e ao caos, presentes na rotina da periferia brasileira, dão frutos inestimáveis pra nossa cultura.

sábado, 13 de março de 2010

O Islã está entrando nas quebradas

O Islã ganha terreno no Brasil. Esta é a manchete da extensa reportagem publicada pelo diário francês Le Figaro sobre o aumento do número de muçulmanos nas periferias dos grandes centros urbanos do Brasil. A curiosidade sobre a religião depois dos atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos e o sucesso da telenovela ‘O Clone’, que mostrou um herói muçulmano romântico, que respeitava e cobria de ouro sua mulher, foram apontados como fatores que ajudaram a multiplicar a conversão de vários brasileiros à religião islâmica.

A correspondente de Le Figaro visitou o Centro de Divulgação do Islã em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, onde conversou com Rosângela, uma mulher negra de 45 anos, ex-católica, que disse ser obrigada a distribuir cópias do Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos, em espanhol porque a edição em português está esgotada. Em entrevista ao jornal, o professor da Universidade Fluminense, Paulo da Rocha Pinto, estima que há cerca de 1 milhão de fiéis no país. O número não é preciso porque no censo brasileiro a religião é classificada como "outras". Ele lembra que os primeiros muçulmanos que chegaram ao Brasil foram escravos africanos. Várias revoltas na época teriam propagado uma desconfiança em relação à religião. O jornal francês lembra que apesar da imigração muçulmana de libaneses, sírios e palestinos no século 20, a primeira mesquita no Brasil só foi inaugurada em 1960. Segundo Le Figaro, a motivação das pessoas que buscam o Islã no Brasil é diferente das que procuram as igrejas evangélicas. Elas descobrem uma religião mais aberta ao mundo, dizem os especialistas. Eles observam ainda que a mensagem de igualdade racial e de justiça pregada pelo Islã é um sucesso entre as comunidades mais pobres, principalmente entre os jovens vítimas do racismo e da violência policial.
(Por Elcio Ramalho, para a RFI - Rádio France Internationale em português).

Obs do BLOG: O Islã viabiliza o acesso dos jovens de periferia à cultura, pois para ser um muçulmano o indivíduo necessita estar em constante estudo não apenas da religião, mas da língua árabe, por exemplo, entre outras disciplinas.
Para estes jovens pertencentes às classes populares (hoje emergentes),é uma maneira de adquirir informação e se sentir inserido num contexto social, que não o obriga a cortar laços ou contatos com pessoas que não façam parte da religião.
O veículo que mais aproxima o Islã destes jovens é o rap, já que temos vários representantes convertidos, como norte-americano Mos Def, por exemplo, e recentemente o rapper Scarface.

DiFunção lançou seu álbum de estréia pela gravadora Cosa Nostra do Racionais, teve destaque no cenário do rap nacional com a música "Neno", hoje prepara seu próximo disco.

Aqui no Brasil temos o exemplo do DiFunção, rapper que hoje mora numa comunidade islâmica, é articulador do NDIB - Núcleo de Desenvolvimento Islâmico Brasileiro - e foi responsável pela vinda do Fred Hampton Jr ao Brasil em 2008.
Fred Hampton Jr. visitando o Festival Hutuz 2008, no Rio de Janeiro.

Fred Hampton Jr. é filho do líder dos Panteras Negras – organização criada nos anos 60, nos Estados Unidos, que defendia teses como o pagamento de compensação aos negros pela escravidão. Hampton, assim como o pai, passou vários anos preso nos EUA, e dentro da cadeia fundou o POCC (Prisioners of Conscience Committee, em português: o Comitê dos Prisioneiros de Consciência), que defende a idéia de que os detentos são presos políticos, já que a grande massa carcerária é resultado do descaso do ESTADO.

Em 2008, ajudei o DiFunção a articular todo o roteiro do ativista no Brasil.

Com uma abordagem e uma política de resultados muito mais palpáveis do que os ensinamentos evangélicos (febre religiosa em presídios e quebradas) ou católicos, o Islã cresce no Brasil e prepara a autoestima destes jovens, atrelando a evolução do indivídio ao desenvolvimento de uma consciência da responsabilidade pela situação politico-social do país.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Hoje a pista vai ferver com o especial Mulheres no hahaRagga!

SARAU DA ADEMAR


SARAU DA ADEMAR
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DOMINGO DIA 14/03 AS 17HS
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ESTAMOS CONTANDO COM A PRESENÇA DE TODOS E TODAS!!!
1º SARAU DO ANO "IMPERDIVEL"
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BAR DO CARLINHOS
RUA LUIZ CRULS, 60
Tel.: 3422-3292 (Carlinhos)
9466-9067 (Lid's)
8375-6371(Lid's)

quarta-feira, 10 de março de 2010

Copa Bate-Fácil no Embú

A copa Bate-Fácil está a todo vapor, na fase das quartas de finais, tem reunido um público bacana no campo Dom José no Embú.
O campeonato, organizado pela rapaziada do time Bate-Fácil (cujo mascote é o Galo) e representa a região, colocou em campo times de várzea de primeira.
Confira algumas fotos enviadas pelo fotógrafo oficial do time, o Gustão.
Um salve pra toda rapaziada da Copa Bate-Fácil e parabéns por esta iniciativa, que estimula e mantém viva como nunca a cultura varzeana.
Se você quiser acessar mais informações, tá aí o site do time: www.batefacilembu.com.br, lá você pode a conferir a tabela da Copa, fotos dos bastidores e times.
QUARTAS-DE-FINAL - 13/03/2010

Vida Loka x Os Bambas/Barcelona - 13h00min.
Piracuama x Bate Fácil - 15h00min.

















segunda-feira, 8 de março de 2010

Editais Favela é Isso Aí

acessem: www.culturaemercado.com.br/editais/editais-favela-e-isso-ai
Oportunidade de emplacar projetos em comunidades em Belo Horizonte.

Gilberto Dimenstein na Folha e a ascensão da "Classe C"

http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/gilbertodimenstein/ult508u703693.shtml

Leia a coluna do Gilberto Dimenstein na Folha que fala mais uma vez sobre a ascensão das classe C,D e E (como é chamado corporativamente o nosso povo).

É fato que as empresas privadas estão reconhecendo a necessidade de se relacionar com estes "novos" consumidores e que a forma de lidar/comunicar/relacionar é completamente diferente da elite (que sempre foi o foco das empresas).
Enquanto a relação com o centro expandido representado pela A/B é mais fria, com a "quebrada" o buraco é mais embaixo.
É necessário estabelecer uma relação de confiança, de entendimento daquele universo, de valorização da cultura local, popular e, principalmente, respeitar o ambiente, a essência, a raiz destas pessoas.
Só assim é possível criar uma relação comercial rentável e de sucesso tanto para as empresas quanto para estes consumidores, que não se atraem por posicionamentos glamurosos. Preferem que ações promocionais e de marketing valorizem as iniciativas já existentes nas comunidades.
Vou dar um exemplo: pra "quebrada" uma tenda com tapete vermelho e ar condicionado que abrigue eventos "tem menos valor" do que fortalecer o circuito cultural já existente, como as quermesses, os saraus, os campeonatos de futebol de várzea, etc.
Os rios que dividem São Paulo em regiões e classes sociais criaram lógicas e diferenças bem peculiares. A zona sul de São Paulo tem características de comportamento e consumo diferentes da zona leste e assim por diante. Um exemplo disso é a zona norte, região onde o samba é consumido em larga escala, também a área que abriga a maioria das quadras de escolas de samba de São Paulo.
Portanto, se voce quiser falar com o povo e aproximar sua marca destes consumidores, leve em consideração que estas pessoas se interessam mais pelo universo delas do que pelo seu. E que o jogo de futebol de várzea deste final de semana é bem mais "da hora" do que ir pro centro assistir uma peça ou exposição (mesmo que gratuita).
Mas isso não quer dizer que o povo não goste do que é bom.
Vamos esclarecer alguns mitos:
- Usar Nike e Adidas faz o cara se sentir inserido na sociedade (é o que a mensagem subliminar do sistema vende), então, ele vai ralar e gastar todo seu salário num tênis original. E vai sim usar Billabong e Oakley ou Ecko (originais). Porque a rapaziada é exigente e gosta de qualidade.
- Você encontra vários equipamentos (Tvs de LCD, computadores, celulares high tech, etc.) em casas populares hoje em dia, mesmo que os produtos tenham sido comprados em longas e eternas prestações em lojas como Casas Bahia.
Se a situação econômica do nosso povo tá melhorando, as pessoas estão com condições melhores de vida, o estudo e a busca por informações não ficam atrás. Pois quem lê e estuda mais, se articula melhor, dialoga melhor e adquire mais conhecimento pra não ser passado pra trás. Afinal, como é que o cidadão vai negociar uma promoção na sua lan house se ele não tiver conhecimento do mercado, com certeza irá perder dinheiro.
No texto, Gilberto fala sobre a ascensão do nosso povo no setor da educação e prevê que em breve a massa tomará as rédeas do nosso país (a imensa maioria dos chefes de famílias da classe C, cerca de 70%, já tem ensino médio e 19% tem ensino superior).


domingo, 7 de março de 2010

AJOELHAÇO DA COOPERIFA


DIA 10 DE MARÇO 21H
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Como é tradição, na semana do dia internacional das mulheres, os poetas e todos os presentes vão a frente e pedem perdão às mulheres por todas as injustiças, atrocidades e crimes cometidos ao longo da humanidade, só que de joelhos. Sim, de joelhos.
É uma das cenas mais poéticas produzidas pela periferia de São Paulo.
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Bar do Zé batidão
Rua Bartolomeu dos Santos, 797 Chácara santana
Periferia-SP
Inf. 83585965

quarta-feira, 3 de março de 2010

Osvaldinho da Cuíca comemora 70 anos com lançamento de CD


Osvaldinho da Cuíca, nome consagrado do samba paulista, nasceu no carnaval de 1940. Após completar 70 anos no carnaval deste ano, mestre Osvaldinho coloca sua cuíca pra roncar e lança mais um CD – "Osvaldinho da Cuíca 70 anos".

O lançamento acontece com dois shows no Sesc Pompéia, nos dias 5 (sexta) e 6 de março. Para os shows, mestre Osvaldinho terá a participação de convidados especiais. Na sexta (5), às 21h, sobem ao palco Ataulfo Alves Jr., Elizeth Rosa e a Bateria do Vai-Vai. No sábado, no mesmo horário, é a vez de Roberto Silva, Tereza Gama e a Bateria da Gaviões da Fiel.

"Osvaldinho da Cuíca 70 anos" é um trabalho vigoroso de um artista que faz do samba seu trabalho e seu prazer. Nas 13 faixas que compõem o CD, Osvaldinho transita por várias vertentes do samba, desde o samba tradicional, passando pelo samba-rural, partido-alto, samba-enredo, até o samba-rock.

No repertório, estão as inéditas "Vai Haver Temporal", "Partido Baixo", "A Cuíca do Maninho", "Gato Maloqueiro" e "Acorda Brasil", além de sucessos antigos de sua carreira, como "Minha Vizinha". O trabalho ainda traz duas regravações de composições de Geraldo Filme ("Vá Cuidar da Sua Vida" e "A Morte do Chico Preto") e uma da parceria João Bosco e Aldir Blanc ("Ronco da Cuíca"). Os arranjos contam com a assinatura de Maurílio de Oliveira e Everson Pessoa (do Quinteto em Branco e Preto), Luizinho 7 Cordas e Thiago França, além do próprio Osvaldinho.

Também participam do CD Nailor Proveta (sax), Ventura Ramirez (violão), Vitor Pessoa (surdo), Magnu Sousá (pandeiro), Ivison Casca (repique), Gerson da Banda (tantã), dentre outros bambas do samba.

Show de lançamento do CD "Osvaldinho da Cuíca 70 anos". Dias: 5 e 6 de março (sexta e sábado). Horário: 21 horas. Choperia do Sesc Pompéia: Rua Clélia, 93. Ingressos: R$ 16,00 – inteira;
R$ 8,00 – usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, professores da rede pública de ensino e estudantes com comprovante; R$ 4,00 – trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes; Não é permitida a entrada de menores de 18 anos.

Por Roberta Cunha Valente
http://www.samba-choro.com.br

1º ENCONTRO CULTURAL DE MULHERES DAS PERIFERIAS: MULHER VOZ E CULTURA - O PODER DA AÇÃO E DA PALAVRA‏

Horário: 6 março 2010 às 21:00 a 21 março 2010 às 19:00
Local: Sarau Poesia na Brasa (BRASILÂNDIA) / SARAU ELO DA CORRENTE (PIRITUBA) / e CENTRO CULTURAL DA JUVENTUDE (SÃO PAULO)
Organizado por: Sarau Elo da Corrente

Descrição do evento:

PROGRAMAÇÃO

06/03 - Sarau Poesia na Brasa

Endereço do Sarau:
Bar do Carlita
Rua Prof. Viveiros Raposo, 534
(próximo ao ponto final do ônibus Ana Rosa -

Brasilândia, em frente a Escola João Solimeo)

21h

* Abertura – Intervenção do Coletivo Esperança Garcia
* Bate-papo sobre o cotidiano da mulher na periferia.
* Exposição de fotografia Sonia – O dia-a-dia da
* Apresentação do grupo de dança “Corpo em Rito”
*

11/03 – SARAU ELO DA CORRENTE – PIRITUBA

Rua Jurubim,788-A, bar do Santista


20h30

* Abertura – intervenção do Coletivo Esperança Garcia
* Bate-papo sobre o cotidiano da mulher na periferia.
* Exposição de fotografia Sonia – O dia-a-dia da mulher nas periferias
* Apresentação do grupo de dança Corpo em Rito



21/03 – CENTRO CULTURAL DA JUVENTUDE

Av.Deputado Emílio Carlos, 3.641 (ao lado do terminal Cachoeirinha)
Vila Nova Cachoeirinha – São Paulo – SP

14 às 20h

* Exposição de Fotografia: Sonia Regina Bischain
* Exposição Artes Plásticas: Carolzinha Teixeira
* Exposição de livros literatura produzida por mulheres

Abertura

* 14h- Intervenção do Coletivo Esperança Garcia
* Bate-papo sobre as poesias e a questão da mulher nos movimentos culturais.

* 15h00- Corpo em Rito
* 16h00- Oficina de Turbantes – Cathiara
* 17h00- intervenções artisticas
* 17h30- Oficina de bonecas Makena – Lúcia
* 18h30- Apresentação CIA de arte negra Capulanas


HISTÓRICO:

O Coletivo Cultural “Esperança Garcia”, nasceu do encontro entre mulheres que freqüentam e desenvolvem ações culturais nos saraus literários das periferias de São Paulo - Sarau Elo da Corrente – Pirituba e Sarau Poesia na Brasa – Vila Brasilândia. O grupo passou a promover discussões que refletem o papel da mulher negra na literatura e outras vertentes artísticas. Durante o ano de 2008, foram realizadas discussões que evidenciaram a importância de se trazer referências femininas para esses espaços, seja através da literatura, rap, trabalhos artesanais, culinária e outras manifestações culturais que venham a contribuir para reafirmação dessas identidades. Em 2009, fomos convidadas para realizar saraus literários em uma das unidades da Fundação CASA (masculina), junto com o Coletivo Literário Elo da Corrente. Organizamos com outros coletivos a 1ª Festa dos Ibejis – Homenagem ao Dia das Crianças com a distribuição de mais de 600 kits contendo doces e livros, além de intervenções artísticas, com o intuito de promover a aproximação das crianças dessa região com elementos da cultura afro-brasileira e intervenção artística com o texto “O gato da beira do rio”, escrito por Michel Yakini. Todas essas ações sempre foram embasadas em pesquisa desenvolvida em conjunto com os grupos.

Com essas ações pensadas e desenvolvidas em nossos espaços, pudemos perceber certo estranhamento e, até mesmo, a ausência de discussões e trabalhos realizados por mulheres dentro dos espaços que promovem a cultura nas periferias. A partir disso iniciamos nossos trabalhos nesse coletivo, que permite desenvolvermos uma proposta de trabalho que evidencie e reflita a importância da produção cultural da mulher nessas ações. Dessa maneira, buscamos tratar de questões relativas à nós mulheres, bem como nossas subjetividades que ainda são tratadas de maneira invisível.

Apoio: Sarau Elo da Corrente, Sarau Poesia na Brasa e CCJ-vl. Cachoeirinha

A Escola Nacional Florestan Fernandes pede a sua ajuda urgente para se manter em funcionamento

Caros(as) amigos(as):

A Escola Nacional Florestan Fernandes pede a sua ajuda urgente para se manter em funcionamento (veja como contribuir, no final deste texto).

Situada em Guararema (a 70 km de São Paulo), a escola foi construída, entre os anos 2000 e 2005, graças ao trabalho voluntário de pelo menos mil trabalhadores sem terra e simpatizantes. Nos cinco primeiros anos de sua existência, passaram pela escola 16 mil militantes e quadros dos movimentos sociais do Brasil, da América Latina e da África. Não se trata, portanto, de uma “escola do MST”, mas de um patrimônio de todos os trabalhadores comprometidos com um projeto de transformação social. Entretanto, no momento em que o MST é obrigado a mobilizar as suas energias para resistir aos ataques implacáveis dos donos do capital, a escola torna-se carente de recursos. Nós não podemos permitir, sequer tolerar a ideia de que ela interrompa ou sequer diminua o ritmo de suas atividades.

A escola oferece cursos de nível superior, ministrados por mais de 500 professores, nas áreas de Filosofia Política, Teoria do Conhecimento, Sociologia Rural, Economia Política da Agricultura, História Social do Brasil, Conjuntura Internacional, Administração e Gestão Social, Educação do Campo e Estudos Latino-americanos. Além disso, cursos de especialização, em convênio com outras universidades (por exemplo, Direito e Comunicação no campo).

O acervo de sua biblioteca, formado com base em doações, conta hoje com mais de 40 mil volumes impressos, além de conteúdos com suporte em outros tipos de mídia. Para assegurar a possibilidade de participação das mulheres, foram construídas creches (as cirandas), onde os filhos permanecem enquanto as mães estudam.

A escola foi erguida sobre um terreno de 30 mil metros quadrados, com instalações de tijolos fabricados pelos próprios voluntários. Ao todo, são três salas de aula, que comportam juntas até 200 pessoas, um auditório e dois anfiteatros, além de dormitórios, refeitórios e instalações sanitárias. Os recursos para a construção foram obtidos com a venda do livro Terra (textos de José Saramago, músicas de Chico Buarque e fotos de Sebastião Salgado), contribuições de ONGs europeias e doações.

Claro que esse processo provocou a ira da burguesia e de seus porta-vozes “ilustrados”. Não faltaram aqueles que procuraram, desde o início, desqualificar a qualidade do ensino ali ministrado, nem as “reportagens” sobre o suposto caráter ideológico das aulas (como se o ensino oferecido pelas instituições oficiais fosse ideologicamente “neutro”), ou ainda as inevitáveis acusações caluniosas referentes às “misteriosas origens” dos fundos para a sustentação das atividades. As elites, simplesmente, não suportam a ideia que os trabalhadores possam assumir para si a tarefa de construir um sistema avançado, democrático, pluralista e não alienado de ensino. Maldito Paulo Freire!

Os donos do capital têm mesmo razões para se sentir ameaçados. Um dos pilares de sustentação da desigualdade social é, precisamente, o abismo que separa os intelectuais das camadas populares. O “povão” é mantido à distância dos centros produtores do saber. A elite brasileira sempre foi muito eficaz e inteligente a esse respeito. Conseguiu até a proeza de criar no país uma universidade pública (apenas em 1934, isto é, 434 anos após a chegada de Cabral) destinada a excluir os pobres.

Carlos Nelson Coutinho e outros autores já demonstraram que, no Brasil, os intelectuais que assumem a perspectiva da transformação social sempre encontraram dois destinos: ou foram cooptados (mediante o “apadrinhamento”, a incorporação domesticada nas universidades e órgãos de serviços públicos, ou sendo regiamente pagos por seus escritos, ou recendo bolsas e privilégios etc.), ou os poucos que resistiram foram destruídos (presos, perseguidos, torturados, assassinados).

Apenas a existência de movimentos sociais fortes, nacionalmente organizados e estruturados poderiam fornecer aos intelectuais oriundos das classes trabalhadoras ou com elas identificados a oportunidade de resistir, produzir e manter uma vida decente, sem depender dos “favores” das elites. Ora, historicamente, tais movimentos foram exterminados antes mesmo de ter tido tempo de construir laços mais amplos e fortes com outros setores sociais.

A ENFF coloca em cheque, esse mecanismo histórico. A construção da escola só foi possibilitada pela prolongada sobrevivência relativa do MST (completou 25 anos 2009, um feito inédito para um movimento popular de dimensão nacional), bem como o método por ele empregado, de diálogo e interlocução com o conjunto da nação oprimida. Esse método permitiu o desenvolvimento de uma relação genuína de colaboração entre a elaboração teórica e a prática transformadora.

É uma oportunidade histórica muito maior do que a oferecida ao próprio Florestan Fernandes, Milton Santos, Paulo Freire e tantos outros grandes intelectuais que, apesar de todos os ataques dos donos do capital, souberam apoiar-se no pouquíssimo que havia de público na universidade brasileira para elaborar suas obras.

Veja como você pode participar da Associação dos Amigos da Escola Florestan Fernandes

Em dezembro, um grupo de intelectuais, professores, militantes e colaboradores resolveu criar a Associação dos Amigos da Escola Nacional Florestan Fernandes, com três objetivos bem definidos:
1 – divulgar as atividades da escola, por todos os meios possíveis, incluindo sites, newsletter e blogs;
2 – iniciar uma campanha nacional pela adesão de novos sócios;
3 – promover uma série intensa de atividades, em São Paulo e outros estados, para angariar fundos, com privilégios especiais concedidos aos membros da associação.

O seu Conselho de Coordenação é formado por José Arbex Junior, Maria Orlanda Pinassi e Carlos Duarte. Participam do Conselho Fiscal: Caio Boucinhas, Delmar Mattes e Carlos de Figueiredo.
A sede situa-se na Rua da Abolição n° 167 - Bela Vista - São Paulo – SP – Brasil - CEP 01319-030.

Existem duas modalidades de associação: a plena e a solidária. A única diferença entre ambas as modalidades consiste no valor a ser pago. Ambas asseguram os mesmos direitos e privilégios estendidos aos associados.

Para ficar sócio pleno, você deverá pagar a quantia de R$ 20,00 (vinte reais) mensais; para tornar-se sócio solidário, você poderá contribuir com uma quantia maior ou menor do que os R$ 20,00 mensais. Esses recursos serão diretamente destinados às atividades da escola ou, eventualmente, empregados na organização de atividades para coleta de fundos (por exemplo: seminários, mostras de arte e fotografia, festivais de música e cinema).

Para obter mais informações sobre como participar e contribuir, procure a secretaria executiva Magali Godoi através dos telefones: 3105-0918; 9572-0185; 6517-4780, ou do correio eletrônico: associacaoamigos@enff.org.br.

*Texto originalmente publicado na revista Caros Amigos.